eu ando paralisado. sim. andando e paralisado ao mesmo tempo. não sei nem explicar, mas veio assim na minha cabeça nessa última noite intranquila (como que se acorda dessas noites, otto?). a impressão é de que tudo tá errado comigo, fora do lugar, meio sem sentido mesmo sentindo muito. demais até. infelizmente. sorte é de quem não sente. aí não precisa fingir, mentir, esconder, trapacear, enganar, julgar. queria ser ignorante literal e sentimental. nada. me enganar muito. não saber, não ser, não se perceber, não se questionar, não ter medo de dizer não, não sentir por dizer não. não.
como eu faço pra me arrancar e reaparecer? como que faz essa coisa de ressignificação? tanta análise pra nada. brincadeira. ato falho? tô é cansado. minha amiga hoje vai preparar um banho de canela com hortelã pra mim, ainda não entendi direito pra que serve, mas a coisa da confiança é foda, né? a confiança é foda. ter que confiar nos romances, nos amigos, nos olhares, nas coisas não ditas, nas sentidas, em si. confiar demanda muita coisa e eu tô parado. ainda não andei de verdade hoje. andar pra dentro, entendeu? fazer carreira e dale pra dentro de mim pra ver se eu esbarro com o que quero. mesmo eu ainda não sabendo direito o que quero. mas esquerdo eu sei. o lado esquerdo é meu ponto fraco. eita coração falho. mas como diz lady gaga: é de diamante.